terça-feira, 17 de abril de 2012

Os Tipos de Avaliação e a maneira correta de utilizá-los

Tipos de avaliação

A idéia de avaliação diagnóstica surgiu a partir da abolição da repetência no ensino fundamental nas escolas públicas, com a chamada progressão continuada, implantada com base nas recomendações contidas na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996.
É importante frisar que, infelizmente, muitos Professores utilizam apenas prova escrita para a realização desta avaliação. Quando na verdade existem mil e uma maneiras de realizar este levantamento de forma que os resultados sejam mais verdadeiros que aqueles levantados em uma mera prova escrita.
 Não importa a matéria que você leciona, ou o grau de ensino. Quer seja no Infantil, Fundamental, Médio, Técnico ou EJA, a Avaliação Diagnóstica presta-se ao mesmo objetivo: diagnosticar, verificar e  levantar os pontos fracos e fortes do aluno em determinada área de conhecimento. É uma avaliação pedagógica e não punitiva que vai além da prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros.
 De acordo com a avaliação diagnóstica, o professor precisa localizar num determinado momento, em que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno.
Esta avaliação não se restringe apenas ao início do ano letivo, porém deve ser usada ao longo do processo de aprendizado, para isso lance mão de  dinâmicas, jogos, debates, desafios, apresentações, vídeos, produções musicais, construção de maquetes, resolução de problemas, brincadeiras, criação de blogs, fórum,  etc.
“Jamais os dados da avaliação devem ser usados para classificar ou rotular o aluno em “aluno bom”  ou aluno ruim”. O Professor deve ter em mente que a avaliação oferece um momento de aprendizado para ambos, professor e aluno. Enquanto Professor é possível verificar quais estratégias estão ou não funcionando, além de ser possível constatar quais hipóteses os alunos estão levantando na internalização e construção de determinado conceito.
Já para o aluno, torna possível  a compreensão e mensuração do conhecimento adquirido e quais hipóteses são verdadeiras ou falsas, para que o aluno possa descartar as falsas hipóteses e fique focado naquelas que o levarão ao aprendizado do conceito estudado. Nesta etapa a avaliação inicialmente diagnóstica, evolui para uma avaliação formativa, onde  o processo de descoberta  que  induz a  novas elaborações de aprendizado, sempre mediadas pelo professor,  é o que de fato importa e conta.
A Avaliação Formativa ou Contínua é o  tipo de avaliação que deveria prevalecer dentro das Escolas. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes por ser mais justa e atender de fato às necessidades dos alunos. Infelizmente, o que vemos é o uso da avaliação somativa, cujo único objetivo é meramente alcançar determinada nota para “passar” de ano, os alunos são rotulados pelas notas que alcançam e não são auxiliados onde de fato precisam de ajuda.
Na prática, um exemplo de mudança é o seguinte: a média bimestral é enriquecida com os pareceres. Em lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimensional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo. Por isso, antes de chegar “ditando” o que você irá ensinar, comece em “ perguntando” o que os alunos já sabem para levantar o que eles de fato “precisam” aprender.
 A avaliação formativa não tem como pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Por isso, o professor diversifica as formas de agrupamento da turma.
Avaliação tradicional ou Somativa, aquela em que o aluno precisa demonstrar os seus conhecimentos adquiridos durante um ano ou um semestre em uma única prova, que às vezes é sua única chance de conhecer as expectativas e o estilo de correção do professor. No método tradicional, essa prova também é a única chance de o docente "medir" o conhecimento do aluno e julgar se ele merece a aprovação, sem ter a possibilidade de repassar conceitos e de descrever melhor para a classe os detalhes do seu desenvolvimento.
Conhecer o aluno
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova final. Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos. O importante, diz Janssen Felipe da Silva, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, não é identificar problemas de aprendizagem, mas necessidades. 
O aluno como parceiro
Se seu objetivo é fazer com que todos aprendam, uma das primeiras providências é sempre informar o que vai ser visto em aula e o porquê de estudar aquilo. Isso é parte do famoso contrato pedagógico ou didático, aquele acordo que deve ser estabelecido logo no início das aulas entre estudantes e professor com normas de conduta na sala de aula.
Durante o processo de auto-avaliação, é importante que todos possam expor sua análise, discutir com o professor e os colegas, relatar suas dificuldades e aquilo que não aprenderam.
Um alerta 
O professor que se atém ao comportamento do estudante e o rotula acaba tendo uma atitude prejudicial. O agressivo e conversador sempre tende a ser visto dessa maneira. Assim como o atencioso e comportado. Por isso, não classifique seus alunos como se eles fossem sempre do mesmo jeito, com hábitos imutáveis - e, o mais importante, incapazes de se transformar. O ideal é tentar entender por que se comportam de determinada forma diante de uma situação. Rotular não leva a nada.
Instrumentos diversificados
Na avaliação formativa nenhum instrumento pode ser descrito como prioritário ou adotado como modelo. A diversidade é que vai possibilitar ao professor obter mais e melhores informações sobre o trabalho em classe. "A avaliação precisa ser processual, contínua e sistematizada", diz Janssen Felipe da Silva. Nada pode ser aleatório, nem mesmo a observação constante. Ela só será formativa para o aluno se ele for comunicado dos resultados. Janssen explica ainda que os instrumentos utilizados devam ter coerência com a prática diária. "Não é possível ser construtivista na hora de ensinar e tradicional na hora de avaliar", explica. Outro ponto a ser lembrado por todo professor: cada conteúdo ou matéria exige uma forma diferente de ensinar e também de avaliar. "Não posso fazer uma prova e perguntar: você é solidário?", exemplifica. "É preciso criar uma situação em que seja possível verificar isso."
Os instrumentos devem contemplar também as diferentes características dos estudantes. "Quem avalia sempre por meio de seminários prejudica aquele que tem dificuldades para se expressar oralmente", exemplifica. Ao planejar um questionário, devem-se evitar textos de duplo sentido e observar o tempo que será necessário para respondê-lo adequadamente.

              Qualquer que seja o instrumento que adote, o professor deve ter claro se ele é relevante para compreender o processo de aprendizagem da turma e mostrar caminhos para uma intervenção visando sua melhoria.

quarta-feira, 28 de março de 2012

A Avaliação como ferramenta para orientar a Aprendizagem

Durante muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento para classificar e rotular os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. A prova bimestral, por exemplo, servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como uma das mais importantes ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado da garotada e oferecer alternativas para uma evolução mais segura.
Mas como não sofrer com esse aspecto tão importante do dia-a-dia? Observar, aplicar provas, solicitar redações e anotar o desempenho dos alunos durante um seminário são apenas alguns dos jeitos de avaliar. E todos podem ser usados em sala de aula, conforme a intenção do trabalho.
Cipriano Carlos Luckesi, professor de pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Bahia, lembra que a boa avaliação envolve três passos: 
  • Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como diagnóstico);
  • Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qualificação);
  • Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa).
"Seja pontual ou contínua, a avaliação só faz sentido quando leva ao desenvolvimento do educando", afirma Luckesi. Ou seja, só se deve avaliar aquilo que foi ensinado. Não adianta exigir que um grupo não orientado sobre a apresentação de seminários se saia bem nesse modelo. E é inviável exigir que a garotada realize uma pesquisa (na biblioteca ou na internet) se você não mostrar como fazer. Da mesma forma, ao escolher o circo como tema, é preciso encontrar formas eficazes de abordá-lo se não houver trupes na cidade e as crianças nunca tiverem visto um espetáculo circense.
Como Apresentar Resultados

Observar, anotar, replanejar, envolver todos os alunos nas atividades de classe, fazer uma avaliação precisa e abrangente. E agora, o que fazer com os resultados? Segundo os especialistas, a avaliação interessa a quatro públicos:
  • Ao aluno, que tem o direito de conhecer o próprio processo de aprendizagem para se empenhar na superação das necessidades;
  • Aos pais, co-responsáveis pela Educação dos filhos e por parte significativa dos estímulos que eles recebem;
  • Ao professor, que precisa constantemente avaliar a própria prática de sala de aula;
  • À equipe docente, que deve garantir continuidade e coerência no percurso escolar de todos os estudantes.
Cipriano Luckesi diz que, "enquanto é avaliado, o educando expõe sua capacidade de raciocinar". Essa é a razão pela qual todas as atividades avaliadas devem ser devolvidas aos autores com os respectivos comentários. Cuidado, porém, com o uso da caneta vermelha. Especialistas argumentam que ela pode constranger a garotada. Da mesma forma, encher o trabalho de anotações pode significar desrespeito. Tente ser discreto. Faça as considerações à parte ou use lápis, ok?
                                                                          Bom Trabalho...!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Metodologia para ensinar a ler e escrever em três meses.

Programa de Correção de Fluxo Escolar
GEEMPA - Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação


O programa de correção de fluxo escolar do Geempa foi implantado no município de Breu Branco desde 2010. Se realiza no contraturno das aulas regulares. O programa visa reintegrar alunos nos níveis de aprendizagem que lhes correspondem no sistema escolar.
Os alunos permanecem freqüentando as aulas de suas turmas regulares, mas passam a integrar, pelo espaço de três meses, uma nova turma inteiramente constituída de alunos com o mesmo nível de conhecimentos, isto é, com um núcleo comum de competências. Esta nova turma tem três aulas semanais com a duração de três horas no turno inverso ao de sua classe regular, também identificada como turma extraclasse. Os  responsáveis por elas devem realizar em cada semana uma reunião de estudos sobre a metodologia em uso e num quinto dia de cada semana fazer o preparo de fichas e de materiais didáticos próprios para seus alunos. O professor para esta turma de Correção de Fluxo deve ter sido formado na metodologia do Geempa o que acontece num Curso Inicial de cinco dias e em encontros de formação continuada durante o tempo do programa de aprendizagem.
O objetivo da tecnologia consiste, enfim, em acertar o passo das aprendizagens escolares a partir do seu limiar fundamental, que é a aquisição da leitura e da escrita de um texto, para os alunos não alfabetizados em turmas de 2º, 3º, 4º... ano/série ou alunos que, embora já alfabetizados, não desenvolveram competências compatíveis com ano/série que estão freqüentando
A tecnologia do Geempa implica em uma renovação metodológica profunda. Ela trabalha com um novo paradigma e requer atualização de parte dos professores, sobre os quais recai a principal responsabilidade do êxito do programa. Eles devem ser apoiados pela Secretaria de Educação, supervisores, orientadores, coordenadores... que também são convocados a se formarem nesta metodologia.
A coordenadora do município professora Alenilde Araújo e as professoras: Ana Lucia, Maria da Paz e Maria Aparecida participaram do curso de formação continuada sobre a metodologia de trabalho do GEEMPA em Belém, no período de 27/02 a 02/03/2012. O curso foi ministrado pelas  doutoras: Esther  Pillar Grossi, Rosa ( pediatra), Denise Jabour (psicalista) e Beleni Grando ( antropóloga ) e as coordenadoras: Rita Romanelli,Kátia e Valéria. 

                 Professora Maria da Paz - Após aula entrevista com alunos da rede pública de Belém.
              Reunião com a Doutora Esther, a coordenadora Rita Romanelli e os coordenadores municipais.
 Professoras: Alenilde. Ana Lúcia, Maria da Paz, Maria Aparecida e as coordenadoras: Rita Romanelli e Kátia.
                          Doutora Esther, Coordenadora Valéria e as professoras Alenilde e Ana Lúcia.


segunda-feira, 5 de março de 2012

IDÉIAS SOBRE ALFABETIZAÇÃO

Analise cada jogo abaixo e aplique aos alunos de forma a ajudarem a refletirem sobre a escrita e leitura.
1- Jogo dos 7 erros: O profº elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, substitui uma letra por outra que não faça parte da palavra. A criança deve localizar essas 7 substituição.
2- Jogo dos 7 erros : O profº elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, inverte a ordem de 2 letras (ex: cachorro – cachroro). A criança deve achar esses 7 erros.
3- Jogo dos 7 erros: O profº elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, omite uma letra. O aluno deve localizar os 7 erros.
4- Jogo dos 7 erros : a profª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, acrescenta 1 letra que não existe. A criança deve localizar quais são elas.
5- Jogo dos 7 erros : O profº escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e substitui 7 palavras por outras, que não façam parte do texto. O aluno deve achar quais são elas.
6- Jogo dos 7 erros: O profº escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e omite 7 palavras. O aluno deve descobrir quais são elas.
7- Jogo dos 7 erros: O profº escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e inverte a ordem de 7 palavras. O aluno deve localizar essas inversões.
8- Jogo dos 7 erros: O profº escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e acrescenta 7 palavras que não façam parte dele. A criança deve localizar quais são elas.
9- Caça palavras: A profº monta o quadro e dá só uma pista: "Ache 5 nomes de animais" por exemplo.
10- Caça palavras : O profº monta o quadro e escreve, ao lado, as palavras que o aluno deve achar.
11- Caça palavras no texto: O profº dá um texto ao aluno e destaca palavras a serem encontradas por ele, dentro do texto.
12- Jogo da memória : O par deve ser composto pela escrita da mesma palavra nas duas peças, sendo uma em letra bastão, e a outra, cursiva.
13- Jogo da memória: O par deve ser idêntico e, em ambas as peças, deve haver a figura acompanhada do nome.
14- Jogo da memória: O par deve ser composto por uma peça contendo a figura, e a outra, o seu nome.
15- Cruzadinha: O profº monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz uma tabela com todas as palavras da cruzadinha em ordem aleatória. Assim, a criança consulta a tabela e "descobre" quais são os nomes pelo número de letras, letra inicial, final, etc.
16- Cruzadinha: O profº monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz um quadro com todos os desenhos e seus respectivos nomes, para que a criança só precise copiá-los, letra a letra.
17- Cruzadinha: O profº monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança escreva seus nomes.
18- Bingo de letras : As cartelas devem conter letras variadas. Algumas podem conter só letras do tipo bastão; as outras somente cursivas; e outras letras dos dois tipos, misturadas.
19- Bingo de palavras: As cartelas devem conter palavras variadas. Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as outras somente cursivas; e outras letras dos dois tipos.
20- Bingo: O profº deve eleger uma palavra iniciada por cada letra do alfabeto e distribuí-las, aleatoriamente, entre as cartelas. (+/- ) 6 palavras por cartela). O profº sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.
21- Bingo : As cartelas devem conter letras variadas. O profº dita palavras e a criança deve procurar, em sua cartela, a inicial da palavra ditada.
22- Quebra cabeça de rótulos: O profº monta quebra cabeças de rótulos e logomarcas conhecidas e, na hora de montar, estimula a criança a pensar sobre a "ordem das letras".
23- Dominó de palavras: Em cada parte da peça deve estar uma palavra, com a respectiva ilustração.
24- Ache o estranho: O profº recorta, de revistas, rótulos, logomarcas, embalagens, etc. Agrupa-os por categoria, deixando sempre um "estranho" (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1 quente; 3 marcas começadas por "A" e uma por "J"; 4 marcas com 3 letras e 1 com 10, etc.) Cola cada grupo em uma folha, e pede ao aluno para achar o estranho.
25- Procure seu irmão : Os pares devem ser um rótulo ou logomarca conhecidos e, seu respectivo nome, em letra bastão.
26) "Procure seu irmão": os pares devem ser uma figura e sua respectiva inicial.
27) Jogo do alfabeto: Utilize um alfabeto móvel (1 consoante para cada 3 vogais).
Divida a classe em grupo e entregue um jogo de alfabeto para cada um.
Vá dando as tarefas, uma a uma:
- levantar a letra
- organizar em ordem alfabética
- o professor fala uma letra e os alunos falam uma palavra que inicie com ela.
- formar frases com a palavra escolhida
- formar palavras com o alfabeto móvel
- contar as letras de cada palavra
- separar as palavras em sílabas
- montar histórias com as palavras formadas
- montar o nome dos colegas da sala
- montar os nomes dos componentes do grupo

28) Pares de Palavras
Objetivo: utilizar palavras do dicionário
Destreza predominante: expressão oral

Desenvolvimento: O professor escolhe algumas palavras e as escreve na lousa dentro de círculos (1 para cada palavra). Dividir a classe em duplas. Cada dupla, uma por vez, dirigir-se-á até a lousa e escolherá um par de palavras formando uma frase com elas. A classe analisará a frase e se acharem que é coerente a dupla ganha 1 ponto e as palavras são apagadas da lousa. O jogo termina quando todas as palavras forem apagadas.
29) Treino de rimasVárias cartas com figuras de objetos que rimam de três formas diferentes são colocadas diante das crianças. Por exemplo, pode haver três terminações: /ão/, /ta/, /ço/. Cada criança deve então retirar uma carta, dizer o nome da figura e colocá-la numa pilha com outras figuras que tenham a mesma rima. O teste serve para mostrar as palavras que terminam com o mesmo som. Ao separá-las de acordo com o seu final, juntam-se as figuras em três pilhas com palavras de terminações diferentes.
30) Treino de consciência de palavrasFrases com palavras esquisitas, que não existem de verdade, são ditadas para a criança, que deve corrigir a frase. Substitui-se a pseudopalavra por uma palavra correta. Por exemplo, troca-se "Eu tenho cinco fitos em cada mão" por "Eu tenho cinco dedos em cada mão". Nesse jogo, palavras irreais são trocadas por palavras que existem de verdade, deixando a frase com sentido. Mostra-se que, ao criar frases com palavras que não existem, essas não têm significado.
31) BatucandoA professora fala uma palavra e o aluno "batuca" na mesa de acordo com o número de silabas.
32) Lá vai a barquinha carregadinha de ...A professora fala uma sílaba e as crianças escolhem as palavras.
33) Adivinhando a palavraO professor fala uma palavra omitindo a silaba final e os alunos devem adivinhar a palavra. (ou a inicial).
34) Descoberta de palavras com o mesmo sentidoAjude o aluno a perceber que o mesmo significado pode ser representado por mais de uma palavra. Isso é fácil de constatar pela comparação de frases como as que se seguem:
* O médico trata dos doentes
* O doutor trata dos doentes
Forneça, em frases, exemplos do emprego de sinônimos de uso comum como:
* Bonita, bela;
* Malvado, mau;
* Rapaz; moço
* Bebê; neném;
* Saboroso; gostoso

35) Descoberta de palavras com mais de um significado
Com essa atividade, os alunos perceberão que palavras iguais podem ter significados diferentes. Ajude-os a formar frases com as palavras: manga, botão, canela, chato; corredor; pena, peça; etc

36) Respondendo a perguntas engraçadas
Faça-as pensar sobre a existência de homônimos através de brincadeiras ou adivinhações:
* a asa do bule tem penas?
* O pé da mesa usa meia?
* A casa do botão tem telhado?

37) Escrita com música: 1) dividir os alunos em equipes de 4 elementos;
2) distribuir, entre as equipes, uma folha de papel;
3) apresentar às equipes uma música previamente selecionada pelo professor;
4) pedir que o aluno 1 de cada uma das equipes registre, na folha, ao sinal dado pelo professor, suas idéias, sentimentos, emoções apreendidas ao ouvir a música;
5) solicitar-lhe que, findo o seu tempo, passe a folha ao aluno 2, que deverá continuar a tarefa. E assim sucessivamente, até retornar ao aluno 1, que deverá ler o produto final de todo o trabalho para toda a classe. Observação: a folha de papel deverá circular no sentido horário.
38) Conversa por escrito: 1) dividir a classe em duplas;
2) entregar a cada uma das duplas uma folha de papel;
3) pedir às duplas que iniciem uma conversa entre seus elementos (ou pares), mas por escrito.
Observações: 1) a dupla poderá conversar sobre o que quiser, mas deverá registrar a conversa na folha recebida;
2) a dupla não precisará ler sua conversa à classe; apenas o fará se estiver disposta a tanto.
Objetivo específico dessa atividade: ensejar a reflexão sobre as diferenças entre a linguagem oral e a escrita.
39) Interpretando por escrito: 1) dividir os alunos em equipes de 4 elementos cada uma;
2) numerá-los de 1 a 4;
3) distribuir, entre as mesmas, pequenas gravuras (se possível de pinturas abstratas);
4) solicitar que cada uma das equipes registre, por escrito, o que entendeu sobre os quadros propostos;
5) ler as interpretações obtidas.
40) Brincando com as cores: 1) dividir a classe em equipes de 4 elementos;
2) numerar os participantes de cada uma;
3) distribuir, entre elas, as cores: atribuir uma cor (vermelho, verde, amarelo, azul, etc.) a cada uma das equipes ou grupos;
 4) pedir que cada
um dos elementos de cada uma das equipes registre, numa folha de papel que circulará entre os participantes, suas impressões a respeito da cor recebida;
5) solicitar das equipes a leitura das impressões registradas.
Observações: a mesma atividade poderá ser realizada, mas sem a entrega de cores às equipes. Neste caso, cada um dos grupos deverá produzir um pequeno texto sobre uma cor, sem nomeá-la, mas procurando "dar pistas" a respeito da mesma, a fim de que os colegas possam descobri-la. Algumas equipes poderão ler seus textos e, se a cor não for descoberta, o professor poderá organizar uma discussão sobre esse fato, apontando, alguns fatores que talvez tenham dificultado a não identificação. Outra atividade com cores poderá ser a dramatização por meio de gestos, ou mímica, de uma cor escolhida pela(s) equipe(s).
41) Compondo um belo texto-poema:1) dividir os alunos em equipes ou grupos;
2) indicar a cada uma três substantivos - chave do poema: mar, onda, coqueiro;
3) marcar, no relógio, 10 (dez) minutos para a composição dos poemas;
4) expor, no mural de classe, os textos produzidos pelas equipes.
42) Cinema imaginário: 1) dividir a sala em equipes ou grupos;
2) apresentar às equipes três ou quatro trechos (curtos) de trilhas sonoras de filmes;
3) solicitar que os alunos imaginem cenas cinematográficas referente às trilhas ouvidas;
4) interrogar os alunos sobre o que há de semelhante e o que há de diferente nas cenas imaginadas por eles.
"A partir das respostas a essas perguntas, o professor discutirá, com os alunos, o papel do conhecimento prévio e o das experiências pessoais e culturais que compartilhamos, para que possamos compreender textos (verbais, não-verbais, musicados, ..)

43) Criação de um país imaginário: 1) dividir os alunos em equipes ou grupos;
2) pedir-lhes que produzam um texto, com ou sem ilustração, descrevendo um país imaginário, de criação da equipe; 3) solicitar que cada uma dessas leia para as demais o texto produzido por ela;
4) afixar, no mural da sala, os textos produzidos pelas equipes.
44) " Se eu fosse ...": 1) dividir a classe em equipes ou grupos;
2) pedir que cada uma complete as lacunas ou pontilhado com o nome de um objeto, animal, planta, personagem ou personalidade humana que gostaria de ser;
3) solicitar que escrevam e/ou desenhem a respeito do que gostariam de ser;
4) pedir que exponham suas produções aos colegas; 5) sugerir que as coloquem no mural.
Bibliografia
Profª Lourdes Eustáquio Pinto Ribeiro
(didatica@didatica.com.br - http://www.didatica.com.br)
Artigo de Maria Luiza Kraemer)
Luiza Andrade (novaescola@atleitor.com.br)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Como Atrair os Pais para a Escola.

Como atrair os pais para a escola?
O que os pais realmente querem saber quando vão a uma reunião de pais e mestres é como a matéria está sendo ministrada; qual o retorno do seu filho frente à didática utilizada; que recursos o professor está utilizando para ensinar e qual é o olhar do professor para cada um dos seus alunos.
Todo educador sabe que o apoio da família é crucial no desempenho escolar. Pai que acompanha a lição de casa. Mãe que não falta a nenhuma reunião. Pais cooperativos e atentos no desempenho escolar dos filhos na medida certa. Esse é o desejo de qualquer professor.
A escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões pedagógicas. Só assim eles vão se sentir comprometidos com a melhoria da qualidade escolar.
A discussão deve avançar na procura das melhores oportunidades de promover um encontro positivo entre pais e professores. Para isso acontecer, alguns conceitos precisam ser seguidos.
Como melhorar a relação
-Tenha claro que é direito dos responsáveis pelos estudantes opinar, fazer sugestões e participar de decisões sobre questões administrativas e pedagógicas da escola
-Não parta do princípio de que a família precisa ser ajudada pela escola e sim de que a escola precisa dela.
- O segredo de uma boa relação é saber ouvir, respeitar as culturas e trabalhar junto,
Inicio das aulas

-Logo no primeiro contato, cabe professor mostrar a proposta pedagógica, ouvir dúvidas e responder com clareza.
- O ideal é conhecer o percurso escolar do novo aluno, as preferências e gostos dele, dados sobre saúde, relacionamento e comportamento em casa.
-Definir em conjunto quais serão os canais de comunicação (bilhetes, e-mails, telefone).
Reuniões
-A mudança deve começar pela disposição física da sala onde a reunião de pais e mestres será realizada. Assim como nas salas de aula, as carteiras devem ficar dispostas em círculo ou semicírculo, onde todos possam ver uns aos outros. Esta prática irá favorecer um entrosamento maior entre os pais, e dos pais com o professor principalmente, se ao iniciar a reunião estes forem estimulados a falar, cada um o seu nome acrescido de alguma característica sua, quando aluno. Esta apresentação fará com que todos se conheçam propiciando um ambiente descontraído. Em seguida o professor poderá iniciar a reunião tocando nos pontos principais, mas sempre priorizando a participação atuante dos pais.
-Comunicar logo no começo do ano as datas previstas para as reuniões, de preferência bimestrais e, compatíveis com os horários  de quem trabalha fora.
-Na convocação, citar os objetivos da reunião.
-Explicar para quê a escola ensina determinados conteúdos, como ela ensina e como a criança aprende.
-Mostrar a evolução da aprendizagem dos jovens.
-Informar sobre os projetos didáticos e perguntar como cada família pode contribuir.
Dia a dia
-Convidar os responsáveis para falar sobre a profissão deles sempre que for interessante para o entendimento de conteúdos e projetos.
-Chamar os pais não só para comparecer, mas também para ajudar na organização de festas juninas, feiras de Ciências e jornadas culturais ou esportivas.
-Promover palestras e debates que tenham como objetivo a formação dos pais, tratando de assuntos de interesse geral, como saúde, mídia, drogas, sexualidade etc.
-Enviar relatórios periódicos sobre o desempenho da classe e as conquistas individuais.
-Informar sobre mudanças na estrutura física, na organização do espaço e do tempo escolar ou na equipe pedagógica.
Comunidade
-Envolver os familiares na elaboração da proposta pedagógica pode ser a meta dos educadores ávidos por um entrosamento total com eles. Ao longo do ano, as reuniões devem ser convocadas não para reclamar do comportamento dos estudantes, mas para contar o que eles vão aprender para quê e como? -Organizar lista com os nomes e contatos de todos os pais de seus alunos;
-Só visitar as famílias para aproximar
— nunca para averiguar, julgar ou fazer inferências.
  - Mostre como é a avaliação Explique como e quando ela é feita;
-Deverá a escola abrir as portas aos pais conferindo valor e respeito à diversidade. Sabe-se de uma maneira geral que o ser humano adora compartilhar os episódios que fizeram parte da sua história. Pode-se tirar proveito da diversidade tomando conhecimento das curiosidades trazidas pelos pais: dos lugares onde moraram, das diferenças no linguajar, nos costumes, na culinária e das histórias típicas de cada região.
Vamos fazer de nossas reuniões de pais e mestres, reuniões onde a empolgação, a cooperação, a participação estejam sempre presentes nos professores, nos pais e nos alunos.
                                                                                                     DINÂMICAS
                                                                                                                   
Uma dica é realizar dinâmicas em parceria com as disciplinas escolares, sendo esta uma ótima oportunidade para mostrar-lhes como o trabalho é realizado, inclusive, junto a seus filhos.
Artes
Distribua duas folhas de papel sulfite e dois gizes de cera para cada pai e mãe não importando a cor. É aconselhável que se fixe a folha na carteira com fita crepe para que esta não saia do lugar.
Em seguida peça para que segurem o giz, um em cada mão, e que se mantenham com os olhos fechados.
Eles deverão fazer movimentos circulares, com as duas mãos ao mesmo tempo, no ritmo da música.
O Professor deverá preparar um pouporri intercalando músicas com ritmo agitado e lento.
Enquanto os pais estiverem desenhando ao som da música, conduza-os para que se soltem, para que entrem o ritmo da música enfim, para que viagem na atividade.
O objetivo desta dinâmica é justamente proporcionar o se sentir à vontade e feliz no ambiente escolar.
Este sentimento abre as portas para uma parceria de sucesso.
Matemática
Tangran                     
Há quem diga que os Tangrans são os mais antigos puzzles conhecidos.
O Tangran pratica-se desde há muitos séculos na China.
É constituído por 7 peças ( um quadrado, um paralelogramo e 5 triângulos ).                 
Com estas 7 peças podem construir-se uma infinidade de formas diferentes.
Esta dinâmica deve ser feita em grupo para que se possa analisar, ao final, que cada um contribuindo um pouco, se chega ao resultado esperado.
O objetivo desta dinâmica é mostrar que apesar das diferenças (a diversidade das peças), quando trabalham em harmonia, integração, cooperação, o resultado é sempre promissor (há uma enormidade de figuras feitas com as mesmas peças).
Português
Relembrando provérbios.
Peça para que os pais se organizem em círculo.
Cada
um deverá dizer um provérbio inteiro e inédito.
O pai que repetir sairá do círculo.
Se ficar pensando por mais de um minuto sairá do círculo.
O campeão dos provérbios será o que permanecer até o fim.
Após o término o pai vencedor deverá ressaltar o provérbio que melhor pode ser aplicado na parceria pais, escola e aluno.
Outros pais poderão se manifestar ressaltando outros provérbios.
O objetivo desta dinâmica é fazer com que reflitam sobre a aplicação dos mesmos.
Geografia
Faça uma viagem ilusória com os pais.
Escolha um local para visitar.
Peça para que fechem os olhos e os conduza, através da imaginação, até o destino combinado. É interessante que seja um local conhecido por todos. Pode ser até a rua em frente à escola.
Inicie pelo levantar da carteira, o sair da sala de reunião, sair da escola, e então faça-os “voar” através das palavras até chegar ao destino pretendido. Depois volte, fazendo o percurso inverso, terminando o exercício com os pais entrando novamente na escola, passando pelos corredores, entrando na sala de aula e finalmente sentando na carteira. Somente após estarem sentados é que poderão abrir os olhos.
Ao final a professora deve perguntar quem teve a sensação de realmente ter saído da escola e ter visualizado o local descrito.
O objetivo desta dinâmica é justamente trabalhar o entrosamento, a disponibilidade, a boa vontade para atingir um mesmo objetivo.
Todos demonstraram boa vontade e seguiram as regras até o término da dinâmica. Cada um contribuiu para que a dinâmica tivesse um bom resultado.
Estes são os requisitos fundamentais para que exista a parceria entre a família e a escola, pois os dois priorizam o sucesso do aluno, que é o resultado pretendido.
Ciências
Resultado da dinâmica: Montar um boneco.
A cada três grupos deverá sair um boneco, ou seja, um grupo vai desenhar a cabeça, o outro grupo o tronco e o outro grupo os membros.
Um grupo não pode se comunicar e nem ver o trabalho do outro grupo.
A intenção é que o Grupo 1A, o Grupo 2A e o Grupo 3A ao juntarem as partes para montar o boneco, estas apresentem tamanho desproporcional deixando o boneco completamente deformado.Que a cabeça fique desproporcional ao tronco e este aos membros.
O objetivo maior desta dinâmica é justamente trabalhar a maneira diferenciada que as pessoas têm ao enfocarem o mesmo assunto. Também deixa bem claro o que a falta de comunicação e entrosamento propicia, uma vez que eles não puderam se comunicar.
Não existe nada mais familiar que o próprio corpo e cada um o representou de tamanhos e maneiras diferentes.
Porém, caso os grupos tivessem tido contato uns com os outros, ou seja, trabalhassem em harmonia, em cooperação visando um mesmo interesse, esta desproporção não teria acontecido.
O objetivo desta dinâmica mostra a importância do entrosamento, da união, da comunicação para que exista a parceria entre a escola, o professor e o aluno.
1- Formar grupos com os pais. O número de grupos deverá ser múltiplo de três.
2- Distribuir folhas de sulfite, lápis preto, borracha, lápis de cor e tesoura para cada grupo.
3- Cada grupo sorteará o comando que poderá ser ou “cabeça” ou “tronco” ou “membros”
Obs. Se houverem muitos grupos, para que não haja confusão vindo a prejudicar o resultado da dinâmica, é aconselhável que ao se sortear os três primeiros comandos, sendo que um é a cabeça, o outro o tronco e o outro os membros, se designe chamar grupo A, em seguida se fará o sorteio dos próximos três grupos nomeando-os de grupo B e assim por diante.
Quando se iniciar a montagem do boneco, chama-se os três representantes dos grupos A e montam o boneco, em seguida os representantes dos grupos B e assim por diante.
Somente após a montagem de todos os bonecos é que se inicia a análise enfocando o acima exposto.
Ética
Jogo das bexigas
Distribua entre os pais uma bexiga para cada um. Cada qual deverá encher a sua bexiga.
Em seguida pedir para que todos fiquem de pé e que formem um grande círculo. Cada um deverá manter-se em movimento, andando pelo espaço feito pelo círculo não devendo se afastar do grupo. Deverá manter sua bexiga no ar dando tapinhas. Não poderá deixa-la cair no chão. Caso isso aconteça, deverá pegá-la e colocá-la novamente no ar.
O Professor já deve deixar combinado antes do jogo começar que irá tocar nas costas dos participantes e que esse ao ser tocado, deverá se afastar do grupo deixando a bexiga.
Com isso, ficarão cada vez mais bexigas e cada vez menos participantes, e os que continuarem no jogo, deverão se esforçar ao máximo para manter todas as bexigas no ar.
Vai chegar um determinado momento que isso não será mais possível por mais que os participantes que restaram, se esforcem.
Objetivo da dinâmica: A importância do dividir tarefas. Se cada um fizer a sua parte, ninguém fica sobrecarregado. Mostrar a importância da participação dos pais no processo ensino-aprendizagem do seu filho.
BIBLIOGRAFIA 
Referências
http://paixaodeeducar.blig.ig.com.br/
http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/reuniao/home.html
http://www.morcegolivre.vet.br/tangram.html
Qualidade do Ensino: A Contribuição dos Pais, Vitor Henrique Paro, 126 págs., Ed. Xamã, tel. (0_ _11) 5081-3939, 14 reais
Reunião de Pais: Sofrimento ou Prazer?, Beate G. Althuon e outros, 116 págs., Ed. Casa do Psicólogo, tel. (0_ _11) 3034-3600,

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Curso de Formação Continuada: A Escola na Perspectiva da Educação Inclusiva.

    A Coordenação dos Anos Iniciais ofereceu aos Educadores do município de Breu Branco o Curso de Formação Continuada, na área de Inclusão Educacional.
    Aprendemos muito e nos divertimos a berça... Vejam as fotos!











Gostaria de deixar os meus agradecimentos a professora Maria Eunice Mindelo, pela colaboração no desenvolvimento do curso; a Diretora de Ensino professora Cleise e a Secretária de Educação professora Nêga pelo apoio.
Segue o material utilizado:
A história da Educação Especial no Brasil

Durante séculos, o mundo tratou as crianças com deficiência como doentes que precisavam de atendimento médico, não de Educação. Essa perspectiva começou a mudar na década de 1950 (observe na à linha do tempo a abaixo). Mas foi só nos anos 1990 que as velhas idéias assistenciais foram suplantadas pela tese da inclusão. Procurava-se garantir o acesso de todos à Educação. Documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos, de 1990, e a Declaração de Salamanca, de 1994, são marcos desse movimento.
1854
Problema médico

Dom Pedro II funda o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, no Rio de Janeiro. Não há preocupação com a aprendizagem.
1948
Escola para todos

É assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante o direito de todas as pessoas à Educação.
1954 Ensino especial
É fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Surge o ensino especial como opção à escola regular.
1961
LDB inova
Promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que garante o direito da criança com deficiência à Educação, de preferência na escola regular. 1971
Retrocesso jurídico
A Lei nº 5.692 determina "tratamento especial" para crianças com deficiência, reforçando as escolas especiais. 1973
Segregação

É criado o Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp). A perspectiva é integrar os que acompanham o ritmo. Os demais vão para a Educação Especial.
1988 Avanço na nova carta
A Constituição estabelece a igualdade no acesso à escola. O Estado deve dar atendimento especializado, de preferência na rede regular.
1989 Agora é crime
Aprovada a Lei nº 7.853, que criminaliza o preconceito (ela só seria regulamentada dez anos depois, em 1999.
1990 O dever da família
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dá a pais ou responsáveis a obrigação de matricular os filhos na rede regular.
Direito universal A Declaração Mundial de Educação para Todos reforça a Declaração Mundial dos Direitos Humanos e estabelece que todos devem ter acesso à Educação. 1994
Influência externa

A Declaração de Salamanca (
é uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em educação especial e influi nas políticas públicas da Educação. É considerada mundialmente um dos mais importantes documentos que visam a inclusão social, juntamente com a Convenção sobre os Direitos da Criança (1988) e da Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990). Faz parte da tendência mundial que vem consolidando a educação inclusiva. A sua origem é atribuída aos movimentos em favor dos direitos humanos e contra instituições segregacioanistas, movimentos iniciados a partir das décadas de 1960 e 1970.
Mesmo ritmo
A Política Nacional de Educação Especial condiciona o acesso ao ensino regular àqueles que possuem condições de acompanhar "os alunos ditos normais".
1996
LDB muda só na teoria

Nova lei atribui às redes o dever de assegurar currículo, métodos, recursos e organização para atender às necessidades dos alunos.
1999 Decreto 3.298 É criada a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e define a Educação Especial como ensino complementar. 2001 As redes se abrem Resolução CNE/CEB 2 divulga a criminalização da recusa em matricular crianças com deficiência. Cresce o número delas no ensino regular. Direitos O Brasil promulga a Convenção da Guatemala, que define como discriminação, com base na deficiência, o que impede o exercício dos direitos humanos. 2002
Formação docente
Resolução CNE/CP 1 define que a universidade deve formar professores para atender alunos com necessidades especiais. Libras reconhecida
Lei nº 10.436/02 reconhece a língua brasileira de sinais como meio legal de comunicação e expressão.
Braile em classe Portaria 2.678 aprova normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do braile em todas as modalidades de Educação. 2003 Inclusão se difunde
O MEC cria o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que forma professores para atuar na disseminação da Educação Inclusiva. 2004 Diretrizes gerais
O Ministério Público Federal reafirma o direito à escolarização de alunos com e sem deficiência no ensino regular. 2006
Direitos iguais
Convenção aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece que as pessoas com deficiência tenham acesso ao ensino inclusivo. 2008
Fim da segregação
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva define: todos devem estudar na escola comum.
Curva inversa
Pela primeira vez, o número de crianças com deficiências matriculadas na escola regular ultrapassa o das que estão na escola especial.
Confirmação
Brasil ratifica Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiências, da ONU, fazendo da norma parte da legislação nacional.
O novo papel da Educação Especial

A escola comum na perspectiva inclusiva

A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas.
Um ensino para todos os alunos há que se distinguir pela sua qualidade. Um ensino de qualidade provém de iniciativas que envolvam professores, gestores, especialistas, pais e alunos e outros profissionais que compõe em uma rede educacional em torno de uma proposta que é comum a todas as escolas, e que ao mesmo tempo, é constituída por cada uma delas, segundo as suas peculiaridades.
O Projeto Político Pedagógico é o instrumento por excelência para melhor desenvolver o plano de trabalho eleito e definido por um coletivo escolar; ele reflete a singularidade do grupo que o produziu, suas escolhas e especificidades.
A exigência legal do PPP está expressa na LDBEN – Lei 9394/96 que, em seu artigo 12, define, entre as atribuições de uma escola, a tarefa de “{...} elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando claro que ela precisa fundamentalmente saber o que quer, não ficando apenas nas promessas ou nas intenções expostas no papel.
Escola dos diferentes ou das diferenças?
A inclusão escolar impõe uma escola em que todos os alunos estão inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas.
A educação inclusiva concebe a O novo papel da Educação Especial. A nova política nacional para a Educação Especial é taxativa: todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola regular. O atendimento especializado continua existindo apenas no turno oposto. É o que define o Decreto 6.571, de setembro de 2008.
O texto não acaba com as instituições especializadas no ensino dos que têm deficiência.
Ensinar os conteúdos das disciplinas passa a ser tarefa do ensino regular, e o profissional da Educação Especial fica na sala de recursos para dar apoio com estratégias e recursos que facilitem a aprendizagem.
O momento atual é de construção. De fato, a inclusão na sala de aula está sendo aprendida no dia a dia, com a experiência de cada professor.
O Atendimento Educacional Especializado- AEE – Salas de Recursos Multifuncionais.

Uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o Atendimento Educacional Especializado – AEE, um serviço da educação especial que “{...} identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008).
O ensino oferecido no atendimento educacional especializado é necessariamente diferente do ensino escolar e não pode caracterizar-se como um espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares. São exemplos práticos de atendimento educacional especializado: o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução e formação do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva, como a comunicação alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico acessível, entre outros.
 O AEE complementa ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Em lugar de substituir, elas passam a auxiliar a escola regular, firmando parcerias para oferecer atendimento especializado no contra turno.
Ensinar os conteúdos das disciplinas passa a ser tarefa do ensino regular, e o profissional da Educação Especial fica na sala de recursos para dar apoio com estratégias e recursos que facilitem a aprendizagem.
São atendidos, Sala de Recursos Multifuncionais, alunos público-alvo da educação especial, conforme estabelecido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e no Decreto Nº 6.571/2008.
Alunos com deficiência: aqueles {...} que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU,2006).
Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. (MEC/SEESP, 2008).
Alunos com altas habilidades/ superdotação: aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (MEC/SEESP, 2008).
 O Decreto Nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispões sobre o Atendimento Educacional especializado, destina recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB ao AEE.
Conforme as Diretrizes, para o financiamento do AEE são exigidas as seguintes condições:
Matrícula na classe comum e na sala de recursos multifuncional da mesma escola pública;
Matrícula na classe comum e na sala de recursos multifuncional de outra escola pública;
Matrícula na classe comum e em centro de atendimento educacional especializado público;
Matrícula na classe comum e em centro de atendimento educacional especializado privado sem fins lucrativos.
Também vale lembrar que o trabalho não é um reforço escolar. Com o foco definido, o professor volta à atenção para o essencial: proporcionar a adaptação dos alunos para a sala comum. Cada um tem um plano pedagógico exclusivo, com as atividades que deve desenvolver e o tempo estimado que passará na sala.
Para elaborar esse planejamento, o profissional da sala de recursos apura com o titular da sala regular quais as necessidades de cada um. A partir daí (e por todo o período em que o aluno frequentar a sala de recursos), a comunicação entre os educadores deve ser constante. Se o docente da turma regular perceber que há pouca ou nenhuma evolução, cabe a ele informar o da sala de recursos, que deve modificar o plano. Outra atitude importante é transmitir o conteúdo das aulas da sala regular à de recursos com antecedência.
O que é uma Sala de Recursos Multifuncionais - SRMF?
São espaços físicos localizados nas escolas públicas onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado - AEE.
As SRMF possuem mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento dos alunos que são público alvo da Educação Especial e que necessitam do AEE no contra turno escolar.
A organização e a administração deste espaço são de responsabilidade da gestão escolar e o professor que atua neste serviço educacional deve ter formação para o exercício do magistério de nível básico e conhecimentos específicos de Educação Especial, adquiridos em cursos de aperfeiçoamento e de especialização. Essa formação consiste em um dos objetivos do PPP.
  O que é tecnologia assistiva e que relação ela tem com a Sala de Recursos Multifuncionais?
De acordo com a definição proposta pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), tecnologia assistiva “é uma área do conhecimento”, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT, 2007)
A tecnologia assistiva é um recurso ou uma estratégia utilizada para ampliar ou possibilitar a execução de uma atividade necessária e pretendida por uma pessoa com deficiência. Na perspectiva da educação inclusiva, a tecnologia assistiva é voltada a favorecer a participação do aluno com deficiência nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos educacionais comuns. São exemplos de tecnologia assistiva na escola os materiais escolares e pedagógicos acessíveis, a comunicação alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para mobilidade, localização, a sinalização, o mobiliário que atenda às necessidades posturais, entre outros.
  Como se organiza o serviço de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva?
No atendimento educacional especializado, o professor fará, junto com o aluno, a identificação das barreiras que ele enfrenta no contexto educacional comum e que o impedem ou o limitam de participar dos desafios de aprendizagem na escola. Identificando esses "problemas" e também identificando as "habilidades do aluno", o professor pesquisará e implementará recursos ou estratégias que o auxiliarão, promovendo ou ampliando suas possibilidades de participação e atuação nas atividades, nas relações, na comunicação e nos espaços da escola.
A sala de recursos multifuncional será o local apropriado para o aluno aprender a utilização das ferramentas de tecnologia assistiva, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia. Não poderemos manter o recurso de tecnologia assistiva exclusivamente na sala multifuncional para que somente ali o aluno possa utilizá-lo.
A tecnologia assistiva encontra sentido quando segue com o aluno, no contexto escolar comum, apoiando a sua escolarização. Portanto, o trabalho na sala se destina a avaliar a melhor alternativa de tecnologia assistiva, produzir material para o aluno e encaminhar estes recursos e materiais produzidos, para que eles sirvam ao aluno na escola comum, junto com a família e nos demais espaços que freqüenta.
São focos importantes do trabalho de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva:
A tecnologia assistiva numa proposição de educação para autonomia,
A tecnologia assistiva como conhecimento aplicado para resolução de problemas funcionais enfrentados pelos alunos,
A tecnologia assistiva promovendo a ruptura de barreiras que impedem ou limitam a participação destes alunos nos desafios educacionais.
Os fundamentos das deficiências e Síndromes
Você sabe o que é síndrome de Rett, síndrome de Williams ou surdo-cegueira? Para receber os alunos com necessidades educacionais especiais pela porta da frente, é preciso conhecer as características de cada síndrome ou deficiência. 
O primeiro passo é entender as diferenças entre os dois termos. Deficiência é um desenvolvimento insuficiente, em termos globais ou específicos, ou um déficit intelectual, físico, visual, auditivo ou múltiplo (quando atinge duas ou mais dessas áreas). Síndrome é o nome que se dá a uma série de sinais e sintomas que, juntos, evidenciam uma condição particular. A síndrome de Down, por exemplo, engloba deficiência intelectual, baixo tônus muscular (hipotonia) e dificuldades na comunicação, além de outras características, que variam entre os atingidos por ela.

Se você leciona para alguém com diagnóstico que se encaixa nesse quadro, precisa saber que é possível ensiná-lo. "O professor deve se comprometer e acompanhar seu desenvolvimento", afirma Mônica Leone Garcia, assessora técnica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

Conheça a seguir as definições e características das síndromes e deficiências mais frequentes na escola.

                                                  Deficiência Visual

Definição: condição apresentada por quem tem baixa visão (em geral, entre 40 e 60%) ou cegueira (resíduo mínimo da visão ou perda total), que leva à necessidade de usar o braile para ler e escrever. A ausência da visão é manifestada durante os primeiros anos de vida. Pode ser causada por lesões ou enfermidades que comprometem as funções do globo ocular. Dentre as principais causas, destacam-se a retinopatia da prematuridade, a catarata, o glaucoma congênito e a atrofia do nervo óptico.
A criança com cegueira tem mais dificuldade para estabelecer relações entre sons, vozes, ruídos, formas e outros estímulos de modo espontâneo e natural.
 Características: a perda visual é causada em geral por duas doenças congênitas: glaucoma (pressão intra-ocular que causa lesões irreversíveis no nervo ótico) e catarata (opacidade no cristalino). Em alguns casos, as doenças são confundidas com uma ametropia (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), que pode ser corrigida pelo uso de lentes, o que permite o retorno total da visão. A catarata também pode ser corrigida, mas só com cirurgia. "O aluno que não enxerga o colega a 2 metros nas brincadeiras, principalmente em espaços abertos, pode ter 5 ou 6 graus de miopia e não necessariamente baixa visão ou cegueira", explica o oftalmologista Frederico Lazar, de São Paulo. Algumas manifestações e comportamentos na sala de aula e em outros espaços de convívio dos alunos no ambiente escolar costumam chamar a atenção dos professores em relação à locomoção, ao olhar e a outros aspectos observados informalmente. Neste sentido, a possível ocorrência de baixa visão poderá ser investigada a partir dos indícios abaixo relacionados:
Olhos vermelhos, lacrimejamento durante ou após esforço ocular, piscar continuamente, visão dupla e embaraçada, movimentar constantemente os olhos, dificuldades para enxergar a lousa, aproximar demais os olhos para ver figuras ou objetos e para ler ou escrever, sensibilidade à luz, dores de cabeça, tonturas, náuseas, aproximar-se muito para assistir televisão, tropeçar ou esbarrar em pessoas ou objetos, ter cautela excessiva ao andar, esquivar-se de brincadeiras ou de jogos ao ar livre e dispersar a atenção.
Recomendações: promover a realização de exames de acuidade  para identificar possíveis doenças - reversíveis ou não. Se o estudante não percebe expressões faciais, lide com ele de maneira perceptiva, alterando, por exemplo, o tom de voz. As atenções devem ser redobradas quando o assunto é orientação e mobilidade. É preciso identificar os degraus com contraste (faixa amarela ou barbante), os obstáculos, como pisos com alturas diferentes, e, principalmente, os vãos livres e desníveis. A sinalização de marcos importantes, como tabuletas indicando cada sala e espaço. Uma idéia é trabalhar maquetes da escola para que o espaço seja facilmente identificado.
Na sala de aula, é aconselhável não colocar mochilas no chão ou no corredor entre as carteiras. Use materiais maiores e reconhecíveis pelo tato. Aproxime os que têm baixa visão do quadro-negro, já que alguns conseguem enxergar quando sentados na primeira carteira. Outros precisam de equipamentos especiais. Para os que não conseguem ler o que está escrito no quadro, há algumas possibilidades. "Traga o material já escrito de casa e entregue a eles ou peça que os colegas, em sistema de revezamento, os auxiliem na tarefa", explica a psicóloga Cecília Batista, do Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).É necessário provocar o interesse e a curiosidade dela e orientar suas atividades para que possa conhecer e identificar fontes sonoras, mover e localizar o corpo no espaço, aprender o nome, o uso e as funções das coisas, usar o tato para identificar forma, tamanho, textura, peso, consistência, temperatura, dentre outras propriedades dos objetos.
 Definição:doença genética que, na maioria dos casos, atinge meninas e causa um comprometimento progressivo das funções: motora e intelectual,assim como distúrbios de comportamento.Foi descrita pela  primeira vez em 1966, por Andréas Rett ( austríaco), numa publicação médica alemã.
Definição: A síndrome de Asperger (transtorno de Asperger ou Desordem de Asperger é uma síndrome que está relacionado com o autismo, diferenciando-se deste por não comportar nenhum atraso ou atraso global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem.
Deficiência Auditiva

Definição: condição causada por má-formação na orelha, no conduto (cavidade que leva ao tímpano), nos ossos do ouvido ou ainda por uma lesão neurossensorial no nervo auditivo ou na cóclea (porção do ouvido responsável pelas terminações nervosas). Tem origem genética ou pode ser provocada por doenças infecciosas, como a rubéola e a meningite. Também pode ser temporária, causada por otite.
Características: pode ser leve, moderada, severa ou profunda. "Quanto mais aguda, mais difícil é o desenvolvimento da linguagem", diz a fonoaudióloga Beatriz Mendes, docente da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo, que atua na Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic). Um exame fonoaudiológico é capaz de identificar o grau da lesão. Recomendações: há duas formas de o aluno com deficiência auditiva desenvolver a linguagem. Uma delas é usar um aparelho auditivo e passar por acompanhamento terapêutico, familiar e escolar. "Pessoas surdas conseguem falar", ressalta Beatriz Mendes.
“Para isso, tem de passar por terapia, receber novos moldes e próteses e ter o apoio da família e do professor”, complementa Beatriz Novaes, docente da PUC e coordenadora do Centro Audição na Criança da Derdic, da mesma universidade paulistana. Outro meio é aprender a língua brasileira de sinais (Libras). O estudante que tem perda auditiva também demora mais para se alfabetizar. Pedir que se sente nas carteiras da frente pode ajudá-lo a aprender melhor. "Fale perto e de frente para ele", destaca Beatriz Mendes. Aposte também no uso de recursos visuais e na diminuição de ruídos - e tente o apoio e a integração por meio de um intérprete de Libras.
Deficiência múltipla
Definição: ocorrência de duas ou mais deficiências: autismo e síndrome de Down; uma intelectual com outra física; uma intelectual e uma visual ou auditiva, por exemplo. "Não há estudos que indiquem qual associação de deficiência é a mais comum", afirma Shirley Rodrigues Maia, diretora de programas educacionais da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (Ahimsa). Uma das mais comuns nas salas de aula é a surdo-cegueira.

Deficiência Física

No decreto nº 3.298 da legislação brasileira, encontramos o conceito de deficiência e de deficiência física, conforme segue:
Art.3...: - Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I – Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gera incapacidade para o desempenho de atividades, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
Art. 4...: - Deficiência Física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia (ou lesão medular traumatismo que atinge a medula espinhal quando a paralisia afeta apenas os membros inferiores. Este trauma ou doença altera a função medular, produz como conseqüências, além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais), paraparesia (Perda leve a moderada da função motora das extremidades motoras inferiores,), monoplegia (paralisia de um só membro ou grupo muscular) monoparesia (dificuldade em movimentar um membro por lesão nervosa), tetraplegia (afeta as extremidades, superiores e inferiores, juntamente à musculatura do tronco), tetraparesia (é a incapacidade de realizar movimentos voluntários com todos os membros), triplegia (é a perda total das funções motoras em três dos quatro membros (braços e pernas) triparesia (perda parcial das funções motoras em três membros) hemiplegia( é a paralisia de toda uma metade do corpo), hemiparesia (é a paralisia parcial de um lado do corpo), amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral (é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro), membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
  Características: são comuns as dificuldades no grafismo em função do comprometimento motor. Às vezes, o aprendizado é mais lento, mas, exceto nos casos de alteração na motricidade oral, a linguagem é adquirida sem problemas. Muitos precisam de cadeira de rodas ou muletas para se locomover. Outros apenas de apoios especiais e materiais escolares adaptados, como apontadores, suportes para lápis etc.
  Recomendações: Para que o educando com deficiência física possa acessar ao conhecimento escolar e interagir com o ambiente ao qual ele freqüenta, faz-se necessário criar as condições adequadas à sua locomoção, comunicação, conforto e segurança. A escola precisa ter elevadores ou rampas e ficar atenta aos cuidados do dia a dia, como a hora de ir ao banheiro. Os materiais didático-pedagógicos devem ser adequados às necessidades dos educando, tais como engrossadores de lápis, quadro magnético com letras com ímã fixado, tesouras adaptadas, entre outros.
De acordo com a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando viabilizar a participação do aluno nas situações práticas vivenciadas no cotidiano escolar, para  que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. (BRASIL, 2006, p.29)
Deficiência Intelectual
A condição de deficiência intelectual não pode nunca predeterminar qual será o limite de desenvolvimento do indivíduo. A educação na área da deficiência intelectual deve atender as necessidades educacionais especiais sem se desviar dos princípios básicos da educação proposta às demais pessoas. Assim, a escola deve valorizar, sobretudo, os acertos da criança, trabalhando sobre suas potencialidades para vencer as dificuldades (OLIVEIRA,2008).
Um dos aspectos importantes na área da deficiência intelectual está ligado à metodologia de ensino no contexto da classe regular, ou seja, a busca de alternativas pedagógicas através das quais os alunos com deficiência intelectual sejam membros participativos e atuantes do processo educacional no interior das salas de aula e sua presença seja considerada. A escola deve tomar para si a responsabilidade a cerca de seu processo de conhecimento e de inserção cultural.
Definição: funcionamento intelectual inferior à média (QI), que se manifesta antes dos 18 anos. Está associada a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, usam de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho). O diagnóstico do que acarreta a deficiência intelectual é muito difícil, englobando fatores genéticos e ambientais. Além disso, as causas são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós-natais. Entre elas, a mais comum na escola é a síndrome de Down.
Síndrome de Down
 Síndrome de Down  é uma deficiência causada por uma anomalia cromossomática, que implica atrasos no desenvolvimento físico e intelectual e também na área da linguagem.
A causa da alteração ainda é desconhecida, mas existe um fator de risco já identificado. "Ele aumenta para mulheres que engravidam com mais de 35 anos", afirma Lília Maria Moreira, professora de Genética da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Características: As pessoas com Síndrome de Down são de baixa estatura, em comparação com pessoas da mesma idade que não apresentam este problema. O desenvolvimento físico e intelectual é mais lento e sofre atrasos. De acordo com a Associação Médica Americana, o Coeficiente de inteligência (QI) destas pessoas varia entre 30 e 80, podendo chegar aos 120.
Além do déficit cognitivo, são sintomas as dificuldades de comunicação e a hipotonia (redução do tônus muscular). Quem tem a síndrome de Down também pode sofrer com problemas na coluna, na tireóide, nos olhos e no aparelho digestivo, entre outros, e, muitas vezes, nasce com anomalias cardíacas, solucionáveis com cirurgias. Normalmente apresentam problemas cardíacos, arteriosclerose, problemas gastrointestinais, problemas de visão (estrabismo, redução da visão, cataratas), infecções repetidas dos ouvidos (podendo causar deficiência auditiva) e problemas anível da fala.
A síndroma ocorre em cerca de 1 em cada 800 nascimentos, sendo a causa mais comum de atrasos no desenvolvimento psicomotor – cerca de 1\3 do total dos casos.
Recomendações: na sala de aula, repita as orientações para que o estudante com síndrome de Down compreenda. "Ele demora um pouco mais para entender", afirma Mônica Leone Garcia, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O desempenho melhora quando as instruções são visuais. Por isso, é importante reforçar comandos, solicitações e tarefas com modelos que ele possa ver, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos fáceis de compreender. A linguagem verbal, por sua vez, deve ser simples. Uma dificuldade de quem tem a síndrome, em geral, é cumprir regras. "Muitas famílias não repreendem o filho quando ele faz algo errado, como morder e pegar objetos que não lhe pertencem", diz Mônica. Não faça isso. O ideal é adotar o mesmo tratamento dispensado aos demais. "Eles têm de cumprir regras e fazer o que os outros fazem. Se não conseguem ficar o tempo todo em sala, estabeleça combinados, mas não seja permissivo." Tente perceber as competências pedagógicas em cada momento e manter as atividades no nível das capacidades da criança, com desafios gradativos. Isso aumenta o sucesso na realização dos trabalhos. Planeje pausas entre as atividades. O esforço para desenvolver atividades que envolvam funções cognitivas é muito grande e, às vezes, o cansaço faz com que pareçam missões impossíveis para ela. Valorize sempre o empenho e a produção. Quando se sente isolada do grupo e com pouca importância no trabalho e na rotina escolares, a criança adota atitudes reativas, como desinteresse, descumprimento de regras e provocações.
A escolarização e avaliação da aprendizagem na área da Deficiência Intelectual
A escola possui um papel único e insubstituível frente ao desenvolvimento daqueles com deficiência intelectual, assim somos desafiados a criar situações colaborativas de aprendizagem, valorizando os processos de mediação e buscando intervir diretamente nas condições pedagógicas, propiciadoras do desenvolvimento.
A escola deve favorecer ao aluno com deficiência intelectual o acesso ao conhecimento como fator de emancipação humana, mas ao mesmo tempo, respeitar sua condição própria de aprendizagem, sem querer igualá-lo ao outro, ao contrário, cabe a escola encontrar formas de valorizar e considerar o “jeito” de ser e aprender de crianças e adolescentes com deficiência intelectual.
O professor deverá observar e explorar todos os canais de conhecimento da criança, sua experiência com o mundo, suas formas de interação e suas maneiras particulares de aprender.
A avaliação deve envolver todos os aspectos do processo de ensino e aprendizagem: o contexto da escola, a sala de aula, os recursos didáticos, o mobiliário, os objetos do conhecimento, os espaços físicos, os apoios pedagógicos, a metodologia de ensino, o envolvimento de todos os atores da escola, uma vez que todos são responsáveis pela aprendizagem e não apenas o professor (CARVALHO,2003).
Outra estratégia interessante de avaliação da aprendizagem é o professor aprimorar seu olhar para o potencial do aluno: o quanto foi possível avançar, quais os conhecimentos que foram apropriados, sua forma em lidar com a leitura, a escrita, o calculo, o desenho, figuras, relatos orais, fotos e outros trabalhos realizados em sala de aula.
Transtornos Globais do Desenvolvimento – TGD
Com base no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, elaboramos a seguinte síntese.
Definição: os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas, com padrões de comunicação estereotipados e repetitivos e estreitamento nos interesses e nas atividades. Geralmente se manifestam nos primeiros cinco anos de vida.
Autismo (idade de manifestação antes dos 3 anos)
As crianças autistas, tal como todas as crianças, são diferentes no comportamento e habilidades. Todas as crianças com autismo têm sintomas diferentes, o que torna difícil diagnosticar o autismo. Um sintoma pode ser fácil de ver numa criança e não se ver noutra. Estes são alguns dos sintomas mais comuns nas crianças autistas:
- Dificuldade em relacionar-se com as outras pessoas: a maior parte das crianças autistas não gostam de ser olhadas nos olhos, nem que lhes toquem e preferem ficar sozinhas.
- Dificuldades em falar e comunicar: cerca de 4 em cada 10 crianças autistas não conseguem falar. Outras sofrem de outro problema, chamado de efeito eco, porque apenas repetem o que lhes foi dito.
- Não gostam de mudanças: as crianças com autismo gostam de rotinas, o que significa fazerem sempre as mesmas coisas da mesma maneira. Podem reagir muito mal quando alguém lhe altera as rotinas, porque deixam de saber como fazer as coisas.
• Características: Os prejuízos na interação social são amplos, podendo haver também prejuízos no comportamento não verbal (contato visual direto, expressão facial, gestos corporais) que regulam a interação social. As crianças com autismo podem ignorar outras crianças e não compreender as necessidades delas.
Os prejuízos na comunicação também são marcantes e podem afetar habilidades verbais e não verbais. Pode haver atraso ou falta total de desenvolvimento da linguagem falada. Naqueles que chegam a falar, pode existir prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversação, não possibilitando entender o significado do que está sendo dito.
Quando a fala se desenvolve, o timbre, a entonação, a velocidade, o ritmo ou a ênfase podem ser anormais (ex. o tom da voz pode ser monótono ou elevar-se de modo interrogativo ao final de frases afirmativas).As estruturas gramaticais são frequentemente imaturas e incluem o uso  repetitivo (ex.repetição de palavras ou frases, independentemente do significado e repetição de comerciais.
Podem-se observar uma perturbação na capacidade de compreensão, como entender perguntas, orientações ou piadas simples. As brincadeiras imaginativas em geral são ausentes ou apresentam prejuízos acentuados.
Existe com freqüência, interesse por rotinas ou uma insistência irracional em seguir rotinas. Os movimentos estereotipados envolvem mãos (bater palmas e estalar os dedos), ou todo o corpo (balançar-se e inclinar-se abruptamente), além de anormalidades de postura ( caminhar na ponta dos pés, movimentos estranhos das mãos e posturas corporais).
Podem apresentar preocupação persistente com partes de objetos (botões, partes do corpo). Também pode haver fascinação por movimentos (rodinhas dos brinquedos, abrir e fechar portas, ventiladores ou outros objetos com movimento giratório)."Pelo menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual", afirma o neurologista José Salomão Schwartzman, docente da pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Alguns, porém, têm habilidades especiais e se tornam gênios da informática, por exemplo.
• Recomendações: para minimizar a dificuldade de relacionamento, crie situações que possibilitem a interação. Tenha paciência, pois a agressividade pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia a dia não são bem-vindas. Dê instruções claras e evite enunciados longos.
Quem são os alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento - TGD?
São aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem nessa definição alunos com autismo, síndrome de Asperger e síndrome de Rett .
Para o aluno TGD, os benefícios dos processos de interação humana, em sala de aula, por paltarem-se em rotinas de grupo e na realização de leituras e manejos de regras sociais trata-se do ambiente mais estimulador e desafiante para essa criança ou jovem.
Interações sociais, comunicação e comportamento no processo de ensino-aprendizagem.
Podemos observar as seguintes características:
Apresentam dificuldade em iniciar e manter uma conversação:
Inicialmente podem apresentar aversão ao toque e isolamento:
Podem evitar o contato visual:
Mantêm pouca atenção às pessoas, parece ignorar o outro e pode expressar-se de forma incomum:
Pode se utilizar dos adultos como ferramentas para pegar objetos, abrir portas e outras situações intencionais:
Utilização de regras de referencias sociais precisam ser aprendidas:
Podem brincar de forma solitária ou preferirem se ocupar com objetos ou movimentare-se:
Maneira diferente de expressarem emoções (alegria, dor, tristeza):
Podem apresentar maneiras de ser que não facilitem a empatia nas relações sociais.
O aluno TGD necessita aprender a se colocar no lugar do outro e até mesmo aprender a fazer uma leitura social das expressões de alegria, de confirmação sobre uma atitude correta ou de leitura da expressão de tristeza que confirme um mau comportamento dele.
Para colaborar com a aprendizagem das leituras de situações sociais é necessário utilizar frases concisas (sem um falatório alongado que não possa ser compreendido), demonstrar modulações no tom de voz e na expressão facial (de felicidade ou de tristeza) que mostrem mudança clara de avaliação de atos ou das situações experiências que estão sendo comentadas.
Na área do comportamento e atividades simbólicas ou imaginação podemos observar as seguintes características:
Variações de atenção e concentração.
Algumas adaptações pedagógicas que podem ser consideradas para o aluno, em sala de aula, e que possibilitam diminuir as variações de atenção e de concentração abrindo espaço para aproveitar melhor as habilidades do mesmo.
Exercícios longos podem precisar de redução, optar por enunciados curtos e diretos:
Oferecer perguntas que orientem o raciocínio para a produção de um texto ou para a realização de exercícios:
Fazer demonstrações:
Utilizar objetos e jogos manipuláveis:
Utilizar figuras de apoio que auxiliem na associação de idéias ou transposição de conceitos para os mais variados contextos (ilustrados ou discutidos antecipadamente):
Oferecer técnicas de estudo e deixa-lo utilizar roteiros ou dicas extras:
Usar caixas de fichas para consulta (com formulas matemáticas, com linhas do tempo, com esquemas e desenhos explicativos).
A organização escolar e o fazer pedagógico
É fundamental que o professor observe os interesses do aluno com TGD, de modo a favorecer o envolvimento do mesmo com as atividades ofertadas. Essencial a compreensão de que serão propostas pedagógicas que deverão ser adaptadas para o aluno e não esperar que o aluno se adapte às propostas pedagógicas.
A estruturação da rotina escolar
A rotina escolar antecipará aos alunos o que irá acontecer no dia a dia das aulas. Quando houver alguma proposta pedagógica que seja diferente das ofertadas comumente ou que não façam parte do cotidiano da sala de aula, tais como visitas, mudanças de sala, atividades extras, mudanças de horário, obras na escola, ausência ou substituição de professor, etc. é importante que seja realizado com a turma um trabalho de planejamento das ações para que o aluno possa se organizar e antecipar as possíveis mudanças de rotina.
O aluno com TGD necessita de estratégias pedagógicas (utilização de múltiplas linguagens, uso de mapas, de letras de musica, de experiências, de vídeos), de modo a ofertar todas as informações necessárias para a compreensão dos conteúdos e das temáticas abordadas. O planejamento de atividades e de recursos servirá para auxiliar o aluno a obter sua auto-regulação. Os espaços educativos e as pluralidades de ações devem redimensionar a sala de aula e possibilitar uma maior interação do aluno com outros grupos e com outros ambientes da escola.
Em síntese, para que o professor possa favorecer um ambiente organizado para o aluno torna-se fundamental algumas adaptações:
Promova eventos previsíveis;
Desenvolva uma programação;
Faça experiências narrativas previsíveis;
Evite surpresa;
Não faça mudanças sem prévia comunicação;
Mantenha uma estrutura e uma rotina;
Saiba como o aluno administra o seu tempo livre;
Comunique cuidadosamente as instruções e as conseqüências;
Dê explicações diretas;
Não utilize gírias ou metáforas;
Evite usar somente pistas não-verbais;
Use cuidadosamente os pronomes pessoais;
Estimule a participação positiva;
Lembre-se de dizer ao aluno quando o comportamento está adequado;
Crie tarefas que a pessoa possa realizar;
Enriqueça as comunicações verbais com ilustrações ou figuras;
Use exemplos concretos.
Síndrome de Rett (primeiras manifestações de 6 a 18 meses de vida)
 Características: Dos 6 aos 18 meses, caracterizando-se pela estagnação do desenvolvimento, desaceleração do crescimento do perímetro cefálico e tendência ao isolamento social.
Entre o primeiro e o terceiro ano de vida, com regressão psicomotora, choro imotivado, irritabilidade, perda da fala adquirida, comportamento autista e movimentos estereotipados das mãos. Podem ocorrer irregularidades respiratórias, epilepsia, regressão no desenvolvimento (perda de habilidades anteriormente adquiridas), movimentos estereotipados e perda do uso das mãos, que surgem entre os 6 e os 18 meses. Há a interrupção no contato social. A comunicação se faz pelo olhar.
.Recomendações: "Crie estratégias para que esse aluno possa aprender, tentando estabelecer sistemas de comunicação", diz Shirley Rodrigues Maia, da Ahimsa. Muitas vezes, crianças com essa síndrome necessitam de equipamentos especiais para se comunicar melhor e caminhar.

Síndrome de Asperger (tem inicio entre 3 e 5 anos de idade)
O termo síndrome de Asperger foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma honrar Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990.
Características: As características essenciais do Transtorno de Asperger consistem em prejuízos persistentes na interação social e no desenvolvimento de padrões repetitivos de comportamento, interesses e atividades. A perturbação pode causar prejuízo clinicamente significativo nas áreas social (dificuldade de interação no contexto escolar), atrasos motores ou falta de destreza ou em outras áreas importantes do funcionamento, interesses específicos ou preocupações com um tema em detrimento de outras atividades, rituais ou comportamentos repetitivos.
Diferente do que acontece no Autismo, não existem atrasos significativos na linguagem. Também não existem atrasos significativos no desenvolvimento cognitivo. Focos restritos de interesse são comuns. Quando gosta de Matemática, por exemplo, o aluno só fala disso. "Use o assunto que o encanta para introduzir um novo", diz Salomão Schwartzman.
mais alguns sinais relativamente ao Síndrome de Asperger:
Consolar os outros – como carecem de intuição sobre os sentimentos alheios, pessoas com Síndrome de Asperger têm pouca noção sobre como consolar alguém.
Reconhecer sinais de enfado – a incapacidade de entender os interesses alheios pode levar Aspergers a serem bastante desatentos e geralmente não percebem quando o seu interlocutor está entediado ou desinteressado.
Introspecção e auto-consciência – os indivíduos com Síndrome de Asperger têm dificuldade de entender os seus próprios sentimentos ou o seu impacto nos sentimentos alheios.
Vestuário e higiene pessoal – pessoas com Síndrome de Asperger fazem tudo da maneira que acham mais confortável, sem se importar com a opinião alheia. Isto é válido principalmente em relação à forma como se vestem e aos cuidados com a própria aparência.
Amor e rancor – como os Aspergers reagem mais pragmaticamente do que emocionalmente, as suas expressões de afeto e rancor são em geral curtas e fracas.
Lidar com críticas – pessoas com Síndrome de Asperger sentem-se forçosamente compelidas a corrigir erros, mesmo quando são cometidos por pessoas em posição de autoridade, como um professor ou um chefe. Por isto, podem parecer imprudentemente ofensivos.
Recomendações: as mesmas do autismo. 
Estes são alguns dos sinais de alerta relativamente ao Síndrome de Asperger:
Dificuldade em ler as mensagens sociais e emocionais dos olhares – portadores de Síndrome de Asperger geralmente não olham nos olhos, e quando olham, não os conseguem “ler”.
Interpretar literalmente – indivíduos com Síndrome de Asperger têm dificuldade em interpretar coloquialismos, ironia, gírias, sarcasmo e metáforas.
Ser considerado rude e ofensivo – propensos a um comportamento egocêntrico, os Aspergers não captam indiretas e sinais de alertas de que seu comportamento é inadequado à situação social.
Honestidade - portadores de Asperger são geralmente considerados “honestos demais” e têm dificuldade em enganar ou mentir, mesmo às custas de magoar alguém.
Percepção de erros sociais – à medida que os Aspergers amadurecem e se tornam cientes de sua “cegueira emocional”, começam a temer cometer novos erros no comportamento social, e a autocrítica em relação a isso pode crescer a ponto de se tornar numa fobia.
Lidar com conflitos – ser incapaz de entender outros pontos de vista pode levar a inflexibilidade e a uma incapacidade de negociar soluções de conflitos. Uma vez que o conflito se resolva, o remorso pode não ser evidente.
Consciência de magoar os outros – uma falta de empatia em geral leva a comportamentos ofensivos ou insensíveis não-intencionais.
Síndrome de Williams
Definição: A Síndrome de Williams é uma desordem no cromossomo 7 (O cromossoma 7 é um dos 23 pares de cromossomas do cariótipo humano),   que atinge crianças de ambos os sexos. Desde o primeiro ano de vida, essas crianças costumam irritar-se com facilidade - boa parte tem hipersensibilidade auditiva - e demonstram dificuldades para se alimentar. Problemas motores e falta de equilíbrio também são comuns - demora para começar a andar, incapacidade para cortar papel, amarrar os sapatos ou andar de bicicleta, por exemplo. Por outro lado, há um grande interesse por música, boa memória auditiva e muita facilidade na comunicação. Pessoas com essa síndrome sorriem com freqüência, utilizam gestos e mantêm o contato visual para comunicar-se.
Características: dificuldades motoras (demora para andar e falta de habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros) e de orientação espacial. Quando desenha uma casa, por exemplo, a criança costuma fazer partes dela separadas: a janela, a porta e o telhado ficam um ao lado do outro. No entanto, há um interesse grande por música e muita facilidade de comunicação. "As que apresentam essa síndrome têm uma amabilidade desinteressada", diz Mônica Leone Garcia. Recomendações: na sala de aula, desenvolva atividades com música para chamar a atenção delas.
A sociabilidade não é um problema para crianças com Síndrome de Williams. Mas é preciso tomar cuidado com a ansiedade desses alunos. Geralmente eles se preocupam demais com determinados assuntos. Conte com o apoio do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e respeite o tempo de aprendizagem de cada um.
Atividades com música atraem a atenção dessas crianças, tanto pela sensibilidade auditiva, quanto pela boa memória.
Também é comum que crianças com síndrome de Williams procurem fazer amizades com adultos e não se aproximem tanto das crianças da mesma idade. Estimular o contato do aluno com os colegas, portanto, é fundamental para o desenvolvimento escolar.
Dislexia
“A dislexia é uma perturbação específica da aprendizagem de origem neurobiológica. Caracteriza-se por dificuldades no reconhecimento preciso e/ou fluente das palavras escritas, por dificuldades ortográficas e por dificuldades na descodificação. Estas dificuldades resultam frequentemente de um défice na componente fonológica da linguagem e são muitas vezes inesperadas relativamente a outras capacidades cognitivas e face ao fornecimento de instrução eficaz. Consequências secundárias podem incluir problemas na compreensão da leitura e experiência de leitura reduzida, o que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e do conhecimento geral.”
Sinais de dislexia: manifestações mais frequentes
Escrita
Dificuldades ortográficas persistentes, mesmo com palavras simples. Dificuldades na gramática e na construção de frases. Pontuação ausente ou pobre.
A velocidade e sequências da escrita é afetada – os estudantes perdem com facilidade “a sequência lógica” do que estão a escrever/ler.
Leitura
Leitura lenta e pouca exacta, impossibilidade de fazer uma “leitura diagonal” e problemas em extrair as ideias fundamentais de um texto.
Números
Problemas com capacidades básicas ligadas à matemática e ciências como dificuldades em memorizar e relembrar sequências de números.
Leitura, Escrita Oralidade
Dificuldades em ler em voz alta, em pronunciar palavras pouco familiares. Dificuldade em estruturar uma apresentação oral.
Coordenação
A escrita pode ser lenta e pouco ordenada.
Organização
Deficiente organização e gestão do tempo.
Orientação Espacial
Em alguns casos pode verificar-se deficiente orientação espacial, por exemplo dificuldade em distinguir a esquerda da direita, leitura de mapas e seguir instruções de direcção.
Memória
Deficiente memória de curto prazo. Perda de objectos com facilidade por não se lembrar onde os deixou, esquecimento de nomes e números de telefones, etc. Pouca atenção.
Problemas Visuais
 Os estudantes disléxicos podem ver os textos de forma diferente, por exemplo, ver espaços onde não existe qualquer espaço, palavras que se movimentam, etc.
 Estratégias de ensino
 As seguintes sugestões de boas práticas serão particularmente úteis para os estudantes com dislexia, mas podem ser úteis aos estudantes em geral.
Nas aulas
Os estudantes com dislexia lêem e escrevem mais lentamente do que os outros estudantes, assim é para eles muito difícil acompanhar as aulas . Estes estudantes podem também encontrar dificuldades em ler , pois têm dificuldade em compreender o que lêem e em copiar.
- dar exemplos para ilustrar um ponto de vista, uma perspectiva, um assunto;
- perguntar ao estudante disléxico se está a conseguir acompanhar o trabalho nas aulas;
- fornecer material escrito, formatando-o num estilo simples, claro e conciso;
- evitar fundos com imagens ou figuras;
- imprimir em papel de cor pode ser mais fácil de ler para alguns estudantes com dislexia. Alguns estudantes com dislexia usam acetatos de cor que colocam por cima do texto para facilitar a leitura.
-  evitar as tintas vermelha e verde, pois estas cores são particularmente difíceis de ler.
- usar formas alternativas de apresentar conteúdos como– salientar as ideias principais e palavras-chave, et
Avaliações
Em situação de avaliação as capacidades de escrita e ortografia do estudante disléxico podem piorar devido à pressão do tempo. Estes estudantes podem igualmente usar um tipo de linguagem mais básica, evitando palavras longas que lhes torna mais lento o processo de expressão escrita.
As perguntas devem ser expressas em linguagem clara e concisa;
- combinar com os estudantes disléxicos a data de entrega de trabalhos;
- permitir a este estudantes o uso de correctores ortográficos e/ ou outras formas de trabalho que os ajudem a detectar e corrigir os próprios erros;
Trabalhos práticos
– trabalhos escritos à mão podem ter uma péssima apresentação, bem como conter muitos erros ortográficos.
Os estudantes disléxicos podem ter dificuldades em seguir instruções, de forma que estas devem ser claras e simples;
O que é o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
O TDAH é comum?
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
Quais são as características de TDAH?
Segundo a OMS e a Associação Psiquiátrica Americana, o TDAH é um transtorno psiquiátrico que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar e outros problemas de saúde mental. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.
Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Como ensinar alunos com TDAH?
É de extrema importância que alunos com TDAH sejam motivados. Sua inconstância de atenção e não déficit de atenção faz com que elas sejam capazes de uma hiper concentração quando houver motivação.
      Crianças com TDAH não tem que estar em turmas separadas, elas não tem problemas cognitivos, aprendem muito bem quando tratados adequadamente por uma equipe interdisciplinar.       Temos que aprender a lidar com estas crianças, conhecer suas limitações, respeita-la e com criatividade descobrir como ela aprende melhor, e uma boa maneira de se fazer isto é perguntando a ela. Como você acha que aprende melhor?
Existem algumas dicas de grande valia para serem utilizadas com os portadores na hora da aprendizagem: · A preparação do ambiente de estudo é muito importante. Deve-se evitar um lugar barulhento, com ruídos e o entra e sai de pessoas. · Para estabelecer um bom vínculo, olhe nos olhos e ouça o que o portador tem a dizer. · Repita várias vezes as regras de forma clara e objetiva, sem um tom de cobrança..Peça-o para repetir o que entendeu sobre o que acabou de ouvir.· O uso de marcadores de texto, gráficos, figuras, jogos têm um papel importante no processo de aprendizagem do portador de TDAH.· Estimule a participação do portador em tarefas variadas, pedindo que faça pequenos favores como dar um recado ou buscar um objeto em outro lugar.· Freqüentemente elogie os avanços no processo de aprendizagem, encorajando-o a continuar.· Quando perceber o portador se dispersando, aproxime-se dele, toque-o nos ombros, olhe-o nos olhos, altere o seu tom de voz e mude seus gestos.· Na sala de aula o portador deve sentar-se próximo à professora, para que esta possa destinar-lhe a atenção necessária sem causar-lhe constrangimento.Qualquer que seja a abordagem pedagógica adotada pela escola no processo ensino-aprendizagem deverá sempre ser usada uma metodologia que considere o aluno como um ser único, com características próprias, habilidades e dificuldades ímpares e que possa construir a sua aprendizagem sendo atendido em suas necessidades individuais.
Altas Habilidades/ Superdotação
O termo altas habilidades/ superdotação é referente à elevada potencialidade de aptidões, talentos e habilidades, evidenciada no alto desempenho nas diversas áreas de atividades das pessoas com Superdotação.
Política Nacional de educação Especial – Altas Habilidades
A Política Nacional de Educação Especial – MEC/SEESP (1994) define como Altas Habilidades os educandos que apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer um dos seis aspectos isolados ou combinados
Aspectos das Altas Habilidades importantes para a identificação dos tipos
Tipos
Características
Tipo Intelectual
Flexibilidade e fluência de pensamento abstrato para fazer associações, produção ideativa, rapidez de pensamento, compreensão e memória elevada, capacidade de resolver e lidar com problemas.
Tipo Acadêmico
Aptidão acadêmica, de atenção, concentração, rapidez de aprendizagem, boa memória, gosto e motivação pelas disciplinas acadêmicas de seu interesse, habilidades para avaliar, sintetizar e organizar o conhecimento, capacidade de produção acadêmica.
Tipo Criativo
Originalidade, imaginação, capacidade para resolver problemas de forma diferente e inovadora, sensibilidade para as situações ambientais, podendo reagir e produzir diferentemente e, até de modo extravagante (sentimento de desafio diante de desordem de fatos, facilidade de auto expressão, fluência e flexibilidade).
Tipo Social
Capacidade de liderança, sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, habilidade de trato com pessoas diversas e grupos para estabelecer relações sociais, percepção acurada das situações de grupo, capacidade para resolver situações sociais complexas, alto poder de persuasão e de influencia no grupo.
Tipo Talento Especial
Pode se destacar tanto nas áreas das artes plásticas, músicas, como dramáticas, literárias ou técnicas, evidenciando, habilidades especiais para essas atividades e alto desempenho.
Tipo Psicomotor
Habilidades e interesses pelas atividades psicomotoras, evidenciando desempenho fora do comum em velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora.

A identificação das Altas Habilidades
Aproximadamente 3 a 5 por cento da população apresentam potencial acima da média estimada.
A superdotação pode ser identificada quando quando um aluno se destaca em uma ou varias áreas, é o que se imagina, e tem desempenho muito elevado em atividades curriculares; quando apresenta adequação e ajustamento sócio-emocional, habilidade psicomotora especialmente desenvolvida e um estilo de grande realizador. Esse perfil, embora possa ser encontrado, não representa todo o universo da superdotação.
Afirma-se então que a identificação de alunos com superdotação, na escola, deve se basear no programa a ser implementado para o atendimento de suas necessidades, na utilização de várias fontes de coletas de dados (entrevistas, observações, sondagens do rendimento e desempenho escolar, análise de produções e outros).
A família e as Altas Habilidades
A família contribui de maneira fundamental com o professor na identificação, de algumas características particulares de seu/sua filho (a), observando (a) durante o processo de desenvolvimento.
Winner (1998), fala a respeito da identificação precoce das características das Altas Habilidades/ Superdotação, feita pelos pais.

Características identificadas pelos pais de crianças com menos de 5 anos
Atenção e memória de reconhecimento: reconhecem seus cuidadores, desde cedo, apresentam sinais de vigilância e duração de atenção longa;
Preferência por novidades: preferir novos arranjos visuais em detrimento dos anteriores e perceber novidades;
Desenvolvimento físico precoce: sentar, engatinhar e caminhar vários meses antes que o esperado;
Linguagem oral: falar cedo, apresentar grande vocabulário e estoque de conhecimento verbal;
Super-reatividade: reações intensas a ruído, dor e frustração.


As escalas de Avaliação
Oferecer ao aluno oportunidades de desenvolver seu potencial pleno e de acordo com suas potencialidades, é o desafio da escola, que voltada para uma educação para todos, exige uma ação pedagógica transformadora, com metodologias mais abrangentes às necessidades e interesses, como alternativa de se propor a oferecer aprendizagens não centradas no educador, mas, significativas para o aluno, respeitando as suas particularidades.

Questionário para identificação de AH/SD
Instruções: observe seu aluno, em várias situações, e assinale com “X”, apenas quando ele demonstrar a característica mencionada no item.
Características
Presença do item
Aprende com rapidez e facilidade

Gosta de idéias novas

Tem vocabulário extenso para sua idade

Diz coisa com muita graça e humor

É bom desenhista

Preocupa-se com o sentimento dos outros

Gosta de adivinhações e problemas

Sempre pergunta:- por quê?

Adora imitar e apelidar os outros

Tem boa memória

Diz as verdades sem inibições

Quer sempre aprofundar-se nos assuntos

É bastante original em suas perguntas e respostas

Tem facilidade para mostrar o que sente

Tem sempre uma idéia diferente e aproveitável

É sempre procurado pelos colegas; faz perguntas provocativas.

Gosta de ler

Fala facilmente com os outros

Defende suas idéias com pronta e lógica argumentação

Gosta de recitar, escrever poesias e estórias.

Gosta de fazer coleções

Tem ótimo senso crítico

Aceita e propõe desafios

Gosta de representar papéis

É difícil ser enganado pelos outros

Como aluno, é às vezes perturbador.

Participa de tudo que o rodeia

É um dos mais admirados na sala

Revolta-se com controle excessivo

Prefere atividades às rotineiras

Gosta de atividades intelectuais

Tem habilidades artísticas

Aborrece-se com programa rotineiro

É persistente no que faz e gosta

Tem sempre idéias e soluções.



 Espero que este material possa ajudar você, que tem incluido em sua sala de aula um aluno com necessidades especiais...
     Atré a próxima,
                            Alenilde